segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sem título

"Não tenho tempo para mais nada, ser feliz me consome muito."

Vejo-me num momento que nem mesmo sonhei - mamãe sonhou para mim, na verdade. Eu não estou sorrindo, nem mesmo minhas covinhas aparecem no canto da boca. Vestido branco, véu, grinalda e uma cara de choro olhando para o altar da igreja.
Porém, antes de você me deixar continuar, pretendo rir, afinal, estou mentindo. Não é necessário, pelo menos a mim, casar num sonho "alegre" (e ao mesmo tempo, irreal) de minha velha senhora para ser feliz.

Estou a olhar rosas brancas e vermelhas, mas não em um buquê e sim, espalhadas no jardim - seja ele verdadeiro ou não. Ao longe, atrás da cachoeira, um menininho rechonchudo corre, e muito. Fugia de um bando de abelhas (não cabe o coletivo aqui, já que este reduz demais o número delas, acredite) que teimavam em seguir ... seu cheiro.
Tudo bem, estou vestindo um vestido branco, mas ele é curtinho e cheio de bolinhas vermelhas. De repente, estou numa festa: música dos Beatles ao fundo, e eu fecho os olhos, sentindo o som. Estou então a sorrir. Estou vivendo, não me peça para acordar.
Viva comigo, vem!

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