quinta-feira, 6 de maio de 2010

Foi num domingo. Se me lembro bem, eram três e meia da tarde quando mamãe me chamou:

- Vem lanchar, meu filho!
Eu, sem vontade de nem mesmo sair da cama, mexi a cabeça em sinal negativo. Ela retrucou, me puxando e me fazendo sentar à mesa da cozinha.

- Não tenho fome. - seu olhar perfurou meus olhos e eu chorei.

Ela se desesperou e resolveu me consolar. Eu pedi para ir para o quarto, tentando me acalmar de alguma forma ainda desconhecida pelo meu próprio eu. Nada adiantava: nem uma música alegre, um bom livro de comédia, nada.

- O que houve, querido? Brigou no colégio? Tirou nota baixa? - silêncio. Já sei então ... uhm ... recusaram o seu amor, meu filho?

- Não, mamãe! Descobri que sou amado. Assim, sem querer ...

Um comentário: