quarta-feira, 19 de maio de 2010

48 horas

Dois dias, duas noites. Intermináveis feito um buraco negro - tão negro que não conseguimos definir o que é escuridão. Entro no elevador já com meu celular na mão esperando não sei o que, não sei nem que atitude, somente esperando... o nada.
Com a respiração já falha e as mãos suadas, ele para no quarto andar. "É ela" - penso - "ou não". ERA! Ai meu Deus, o que dizer? Eu esperava como nunca por esse momento e agora que aconteceu não saía nada, nem mesmo um sussurro. Tudo bem, mantenha a calma, faça um gesto de "oi" com a mão, deve servir.
Depois de três longos segundos ela sorri - um sorriso amarelo, mas que valeu. Eu retribui o sorriso com um mais amarelo ainda, por incrível que pareça. Ela virou para frente, mexeu no cabelo e seu cheiro entrou em mim de forma estranha e única - impregnou. Tensão, faltavam TRÊS ANDARES para o encontro acabar, TRÊS ANDARES!
Um vazio passava como pensamento na minha cabeça, como um grito de "FALA ALGUMA COISA!". Respirei, e já passando pelo andar da garagem, falei, ainda cabisbaixo:
- Bom dia!

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